ESTUDO DE CASO: SINAIS CLÍNICOS EM BOTO-CINZA DURANTE UMA EPIDEMIA DE MORBILLIVIRUS NA BAÍA DE SEPETIBA-RJ
De novembro de 2017 a março de 2018, um surto de morbilivírus de cetáceo (CeMV) causou uma mortalidade em massa sem precedentes entre os Botos-Cinza (Sotalia guianensis) na Baía da Ilha Grande e Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro.
Pesquisas com pequenos barcos foram realizadas para documentar o comportamento e os sinais clínicos apresentados pelos golfinhos doentes. Foram observados, em diferentes dias, 5 golfinhos com comportamentos anormais e desorientados, desses 1 morreu encalhado e 2 afundaram.
Os sinais de falha na coordenação muscular incluíam dificuldades em nadar e manter um curso, equilíbrio e flutuabilidade.
Pelo menos 40 outros indivíduos estavam magros. Outros 10 que foram identificados através de fotos, apresentaram lesões cutâneas diversas e lesões ulceradas.
A respiração sugestiva de obstrução das vias aéreas foi ouvida em vários grupos de botos. Estes sinais neurológicos, respiratórios e cutâneos demostram infecção por CeMV em golfinhos.
A ameaça, combinada com a pressão antrópica e doença letal CeMV são motivo de preocupação para a sobrevivência da população de Botos-Cinza na Baía de Sepetiba.
Os impactos da pressão antrópica combinada a doença letal CeMV são motivos de preocupação para a sobrevivência da população de Botos-Cinza na Baía de Sepetiba.
Título: Clinical signs in free-ranging Guiana dolphins Sotalia guianensis during a morbillivirus epidemic: case study in Sepetiba Bay, Brazil
Autores: Leonardo Flach, Mariana B. Alonso, Thaís Marinho , Koen Van Waerebeek, Marie-Françoise Van Bressem.
Instituto Boto Cinza
Leonardo Flach
Thaís Marinho
Mariana Alonso Dorr
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