21/06/2018

IMPACTO DO LIXO MARINHO NOS CETÁCEOS

Os impactos do lixo na fauna marinha ocorrem em todos os ecossistemas marinhos, com consequências adversas em mais de 1400 espécies. Para mamíferos marinhos, os impactos podem ser divididos naqueles decorrentes do emalhamento em redes de pesca, que pode resultar em ferimentos, afogamento, estrangulamento, e morte e aqueles de ingestão, que pode causar desde o bloqueio do trato digestivo, sufocação, fome e morte por inanição.

Esses efeitos podem comprometer a alimentação e a desnutrição associada, causam doenças e reduzem a reprodução, o crescimento e a longevidade.

Novos dados sugerem que quando a dimensão dos itens ingeridos pela fauna marinha varia de milímetro a nanômetro de tamanho (ou seja, microdesíduos de 1 μm-5 mm e nano-plásticos <1 μm), podem levar à inflamação, dano dos tecidos a nível celular, e alterações de vias moleculares.

Apenas 2 das 13 famílias de cetáceos analisadas não interagiram com lixo, e a ingestão parece ser a mais comum, ocorrendo em mais de 58% de todas as espécies de cetáceos, porém esse número não reflete a magnitude do problema, devido à baixa taxa de detecção e dificuldade na recuperação e análise das amostras dos animais impactados.

Já os eventos de emalhamento foram documentados em aproximadamente 30% das espécies de cetáceos.

Estudos mostraram que emalhamento em redes e ingestão de plásticos por cetáceos aumentou muito nas últimas cinco décadas.

Título: A Review of Plastic-Associated Pressures: Cetaceans of the Mediterranean Sea and Eastern Australian Shearwaters as Case Studies – Impact of Marine Debris on Cetaceans

Autores: Maria Cristina Fossi, Cristina Panti, Matteo Baini and Jennifer L. Lavers.

Fonte: Frontiersin.org

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