MONITORAMENTO DE ENCALHES NA COSTA FRANCESA REVELA A IMPORTÂNCIA DAS COLISÕES ENTRE NAVIOS E GRANDES CETÁCEOS
A incidência do tráfego marítimo aumentou nas últimas décadas. Acredita-se que esse número continuará aumentando, assim como a velocidade das embarcações e a potência dos motores.
Embora, ainda pouco comprovadas, as colisões com navios são reconhecidas como uma grande ameaça aos cetáceos. No entanto, a estimativa de colisões com navios ainda é um grande desafio, pelo fato dos encontros ocorrerem em geral longe da costa e muitas vezes a colisão não ser perceptível à tripulação.
O monitoramento dos encalhes de mamíferos marinhos continua sendo uma das maneiras mais eficientes para avaliar o problema.
Na França, um grupo nacional coletou dados e amostras de mamíferos marinhos encalhados desde 1972 ao longo da costa do Mediterrâneo e do Atlântico.
Foram coletados os dados de encalhe, incluindo relatórios fotográficos e necropsia,
entre 1972 e 2017 com o objetivo de fornecer uma visão abrangente de registros de colisões confirmadas de grandes baleias nessa região.
Durante este período, um total de 51 incidentes de colisão com navios foram identificados, o que representa a 1ª causa identificada de mortalidade por grandes baleias na França.
Aumentou desde 1972, com sete registros durante a primeira década para 22 baleias encalhadas observadas entre 2005 e 2017.
Esta questão parece particularmente crítica no Mar Mediterrâneo, onde uma em cada cinco baleias encalhadas mostrou evidências de colisão com navios.
Esta revisão de registros de colisões destaca o risco de um impacto negativo dessa pressão antropogênica sobre a dinâmica das populações de baleias na Europa.
Título: Monitoring of Marine Mammal Strandings Along French Coasts Reveals the Importance of Ship Strikes on Large Cetaceans: A Challenge for the European Marine Strategy Framework Directive
Autores: Hélène Peltier, Alain Beaufils, Catherine Cesarini4, Willy Dabin, Cécile Dars, Fabien Demaret, Frank Dhermain5, Ghislain Doremus, Hélène Labach, Olivier Van Canneyt & Jérôme Spitz
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https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fmars.2019.00486/full?fbclid=IwAR354gGB-x2F-8rHbBt5XbOpLOKBxFGdiOK-ZpUPnRB6FsI_mZt7y-i_knY