ACHADOS PATOLÓGICOS E CAUSA MORTIS DE CETÁCEOS ENCALHADOS NAS ILHAS CANÁRIAS
Este estudo descreve os achados patológicos e as causas mais prováveis de morte de 224 cetáceos encalhados ao longo da costa das Ilhas Canárias (Espanha) durante um período de 7 anos, 2006 – 2012.
As causas de morte, agrupadas em categorias patológicas (CP), foram identificadas em 208 dos 224 animais examinados (92,8%).
Nas categorias patológicas naturais, aqueles associados ao bom estado nutricional dos animais representaram 70/208 (33,6%), enquanto aqueles associados com perda significativa do estado nutricional representaram 49/208 (23,5%). Interações traumáticas intra e interespecíficas fatais foram 37/208 (17,8%). Patologia neonatal / perinatal envolveu 13/208 (6,2%). Colisões com embarcações incluíram 24/208 (11,5%). E interação fatal com atividades de pesca totalizou 10/208 (4,8%).
Dentro das CPs antropogênicos, a patologia associada a corpo estranho representou 5/208 (2,4%).
Causa mortis, não pôde ser determinada em 16/208 (7,7%) casos.
As CPs naturais eram dominadas por processos de doenças infecciosas e parasitárias.
Os resultados sugeriram que entre 2006 e 2012, nas Canárias, a atividade humana direta apareceu responsável por 19% das mortes de cetáceos, enquanto as patologias naturais foram responsáveis por 81%.
Estes resultados, integrado as descobertas recentes e relatórios publicados, ajudam a delinear os conhecimentos básicos sobre a patologia dos cetáceos e podem ser valiosos para os reabilitadores, cuidadores, diagnosticadores e futuras políticas de conservação.
Título: Pathologic findings and causes of death of stranded cetaceans in the Canary Islands (2006-2012)
Autores: Josué Díaz-Delgado, Antonio Fernández, Eva Sierra, Simona Sacchini, Marisa Andrada, Ana Isabel Vela, Óscar Quesada-Canales, Yania Paz, Daniele Zucca, Kátia Groch, Manuel Arbelo.
Fonte: Journals.plos.org
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