#VIVAAnimaisLivres 22/08/2019

FÊMEA COM BEBÊ JUBARTE AVISTADA EM ILHABELA, SP.

Em 15 anos de trabalho na região de Ilhabela e Sao Sebastiao, o pesquisador Júlio Cardoso, do Projeto Baleia à Vista tem verificado o aumento de avistagens de baleias-jubarte. Neste ano de 2019, a equipe de pesquisadoras do VIVA Baleias, Golfinhos e cia / Instituto Verde Azul (“VIVA”), que há anos estuda o comportamento das jubartes em Abrolhos em parceria com o Projeto Baleia a Vista e Projeto Baleia Jubarte, iniciou as observações de ponto fixo a partir de terra na região sul de Ilhabela, em Borrifos, com o objetivo de entender o que as baleias-jubarte estão fazendo em Ilhabela e São Sebastião (litoral norte de São Paulo) e como estão usando essa área.

Desde o início do mês de junho, já foram registradas 360 avistagens de baleias, dando uma média de 2,20 avistagens por hora a partir de ponto fixo, e 61 avistagens de baleias a partir das embarcações do Projeto Baleia à Vista.

Muitos comportamentos foram registrados: natação, deslocamento rápido, repouso, comportamentos aéreos, como saltos, batidas de caudal, batidas de peitoral… e neste último domingo, dia 14 de julho, com grande emoção, as pesquisadoras conseguiram identificar ao longe, com ajuda do equipamento que usam para determinar a posição das baleias, uma mãe com seu bebê. Foi o primeiro registro de filhote da temporada nas águas do litoral paulista o que é uma notícia maravilhosa. E o bebe jubarte já estava todo espertinho batendo a caudal bem desengonçado!

A região do Banco dos Abrolhos é conhecida por ser o berçário das baleias-jubarte desta população, com grande concentração de grupos contendo filhotes. Com o aumento populacional, devido ao fim da caça comercial e trabalhos de conservação e pesquisa, o número de baleias-jubarte cresceu, passando de cerca de 2000 na década de 90 para cerca de 20 mil ou mais hoje em dia. Com isso elas estão aumentando sua distribuição ao longo da costa do Brasil e reocupando regiões que provavelmente utilizavam antes da caça. De fato, em Ilhabela e São Sebastião havia o que se chama de armação (estação baleeira) e baleias eram caçadas no século XIX.

Não sabemos ainda se as condições climáticas e ambientais em suas áreas de alimentação (região das Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul) durante os meses de verão podem ter influenciado a grande presença desses animais no litoral norte paulista neste ano. Estudos futuros poderão nos ajudar a entender melhor a presença desses incríveis animais na costa paulista.

Estamos verificando também a interação dessas baleias com atividades humanas, grandes navios, redes de pesca, barcos de recreio; então, agora, com bebê na área todo cuidado é pouco!
Como uma maneira de envolvermos e celebrarmos a presença desta baleia filhote, vamos fazer uma campanha de educação ambiental nas escolas locais e um concurso para escolher um nome e batizar o bebe jubarte.
Algumas sugestões já estão aparecendo para serem votadas:
“Tião”, “Belinha”, “Jubinha”, “Sebá”  ou
“Borrifo” que foi onde foi avistado pela primeira vez… Independente do nome escolhido, a presença deste filhote na região é muito especial! Vamos trabalhar juntos para proteger as baleias e golfinhos do nosso litoral paulista!

Vote através do link: http://bit.ly/bebejubarte

Equipe VIVA
Equipe Baleia à Vista: Julio Cardoso e Arlaine Francisco https://www.projetobaleiaavista.com.br/
Equipe IBJ: Enrico Marcovaldi, Sergio Cipolotti e José Truda Palazzo Jr. https://www.baleiajubarte.org.br/projetoBaleiaJubarte/
O ponto fixo de observação em Ilhabela é realizado em parceria com o Projeto Baleia à Vista e Projeto Baleia Jubarte, com apoio da ARIM Componentes SA e Great Whales Conservancy.
Imagem: Márcio Motta / VIVA Baleias, Golfinhos e cia / Instituto Verde Azul

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